terça-feira, 3 de agosto de 2010

Um só gol

Joga num canto, ela viajava. Estava bêbada demais para aquele mundo insignificante, ela era gigante em sua mente e todos a volta não passavam de formigas interesseiras.
Ela, aos tropeços, conseguiu se levantar, foi aos trancos até a varanda para procurar alguma paz, mesmo sabendo que essa tinha nome próprio e que ele não estaria lá.
Sentou-se num divã e convete um riso, ironia estar numa posição onde seria ouvida. Do seu divã conseguia ver parte da praia iluminada pelos postes, a orla estaria vazia a não ser pelos molequinhos de rua sentados num banco dividindo alguma coisa e pelas prostitutas espalhadas perto da pista pouco movimentada... eram quase 3 horas e ninguém dera por sua falta, estavam todos muito bêbados para isso.
Caiu num sono leve e quando acordou com o sol na cara, não estava sozinha. Ele surgiu quase como mágica, como se tivesse saido de seus sonhos e a abraçava. Ela encantada sorriu e ficou quieta assistindo, com medo de quebrar o encanto ou de que tudo não passasse de um lindo sonho.
Taila Figueredo Brasil

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