domingo, 20 de fevereiro de 2011

Remember december

Uma longa trilha molhada quente, mas que dava arrepios. Assim as lágrimas caiam.
E simplesmente não paravam. Os soluços se juntaram a festa. Ela estava triste e chorava, não se importava mais em ser quieta, silenciosa, não queria mais passar desapercebida. Queria que todos vissem sua tristeza sem sentido, que parasse para assistir.
Ela não lembrava mais o porque chorava, mas doía, o que quer que tenha sido tinha causado a pior dor numa mulher, tinha atacado seu emocional. Ele estava lá ao lado dela, parado, servindo de apoio ou algo do tipo. Ela chorava e continuava, sempre fora dramática mesmo.
No começo das lágrimas, ele tentou entender o porque, estava preocupado e fazia perguntas sem sorte, pois não conseguia uma resposta. Então pacientemente ficou quieto e a acompanhou.
Quem passou ali, em frente ao casal antes, se passasse agora já não entenderia nada. Eles estavam conversando e rindo, num clima quase de casamento. Momentos depois parecia mais que estava num funeral de um parente ou amigo muito próximo.
Ela estava sentada, abraçada as pernas, num banco de concreto, enquanto ele estava em pé na sua diagonal segurando uma de suas mãos e a outra em suas costas.
O rapaz não escondia a insatisfação por não entender e a garota não parava de chorar por não saber.

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