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segunda-feira, 5 de julho de 2010

Carta

Encontrei uma carta. Estava dentro de um antigo diário. Era a minha letra, eu reconhecia.
Não lembro de tê-la escrito, muito menos de ter a guardado. Mas ela existe.
Nela eu falava que eu te amava, mas não podia mais continuar. Dizia não pensar em mais nada além de você e que isso não me fazia bem, não fazia bem... eu deveria estar pensando em passar de período, pensando na minha família, pensando na minha vida. Dizia que amava como sempre amei, mas tinha que te deixar ir. Talvez fosse isso que você queria, talvez você não me queria mais. Repeti: "Eu te Amo".
Não sei se um dia amei, não sei se um dia você me amou. É o que eu penso agora.
Quem poderia garantir a verdade nas palavras daquela menina, que tinha acabado de fazer 15 anos?
Ela nunca soube o que é o amor, isso foi tirado dela cedo. Lá pelos 2 anos. Desde então eu sempre questionei o "Eu te amo.", eu sempre o condenei. Como alguém que te ama pode te deixar?
Bem, se meu pai, que deveria me amar mais do qualquer outra pessoa e disse que sim, pode me deixar do nada... porque outra pessoa não o faria por menos?
Acho que isso é um "Obrigada, pai!".
Mas de certo modo é um alívio eu nunca ter entregue a carta ou dito algo, seriam apenas mentiras de uma garota de 15 anos.
Taila Figueredo Brasil

sexta-feira, 2 de julho de 2010

O eu meu problema é de ana

- O que se passa?
-Bem.. mais uma recuperação pra minha coleção, mais um lugar para o qual eu passei e só porque passei irei cursar e ver no que dá, mais uma vez me enrolo com meus sentimentos, preocupações e prioridades.

-Algo novo?
-Se você perceber, é sempre a mesma coisa. De novo e de novo. então nada de novo...

- Quer falar sobre isso?
- Querer eu quero, mas por causa da parte da enrolação eu não consigo. É como se tudo se misturasse e agora eu não consigo mais separar. Não dá pra tirar ingredientes depois que você os joga na massa... entendeu?

- Tá... é complicado, vamos por partes... Primeiro... o que mais te preocupa?
- Isso deveria ser a recuperação, mas tenho outras coisas em mente. Quando eu não tenho o controle da situação eu fico perdida. Não me por em um status é quase como me tirar da minha órbita, eu sou adaptável... eu mudo conforme a música, mas pra isso eu tenho que saber qual é a música que tá tocando!

- Que tal focarmos na recuperação?
- Se fosse assim tão fácil eu não teria problemas, certo?!

domingo, 16 de maio de 2010

Tik Tok

Essa não sou eu.
Quem é essa garota que pula sem olhar o precipício abaixo? como ela ficou no lugar do que costumava ser eu? A garota que tenta não se apaixonar por saber as consequencias e consegue frear e não se envolver tão fundo, essa não sou eu. No espelho eu vejo, temos o mesmo exterior. Mas aquela garota não sou eu, sou?
Cadê a menina romântica com seus amores platônicos e puramente platônicos? Para onde foi a menina que sofria, mas mesmo assim errava de novo só pelo gosto bom que tinha no começo? Aquela que sempre ouvia e dava conselhos e não os pedia. Ela deve ter se esvairado através do tempo, mas como eu não percebi? Talvez eu ainda seja ela e talvez eu ainda seja eu.
Não conheço essa batida forte de coração, esse tremor nas mãos, esse medo que me inunda. São novos para mim, assim como aquela garota. Essa caida na real, a saída da ilusão de que a minha perfeição sonhada existe. Ela não existe, sofri, mas não sofro. Acabou.
Taila Figueredo Brasil

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Por aí e além (Parte XI)

Fugindo.. era isso que eu estava fazendo. Olhava para os dois lados antes de passar pelas ruas e ao entrar na faculdade, repetindo mentalmente "não vou encontrá-lo, não agora. não vou encontrar com ele, não aqui.". Exatamente por eu não querer e também por não poder, já que eu estava atrasada para a primeira aula, eu encontrei com ele.
Ele estava sentado num degrau em frente a uma porta fechada, perto da entrada da faculdade, no corredor por onde ele tinha certeza que eu teria que passar. Talvez tenha sido a minha decisão, mas, hoje, ele já não parecia o mesmo, pelo menos para mim.
Eu sempre o via como o meu príncipe, ou como aquele cara errado que toda menina sonha em namorar, mas não hoje.
Hoje ele era real, de carne e osso, cabelo bagunçado, um meio sorriso no rosto ao me perceber e olheiras de uma noite mal dormida e apesar de aparentar de tentar aparentar a calma, ao me aproximar puder ver que estava ancioso e que esperava impaciente, embora não quisesse demonstrar, esperava por mim, pela minha resposta, pela minha decisão.
Taila Figueredo Brasil

terça-feira, 13 de abril de 2010

Por aí e além (Parte X)

Me livrei do vinho, ele só ia me dar dor de cabeça mesmo. Usar a bebida para fugir nunca me fez bem, sempre acabo pensando demais e desmaiando de sono e quando acordo não me lembro de nada que eu pensei. Então apenas deitei na cama e pensei. Fazer os prós e contras não fizeram muita diferença, já que eles praticamente se anularam. Pensei mais... e mais, mas não aguentei. Acho que nunca tinha pensado tanto na minha vida e aquilo estava me dando muita dor de cabeça. Tomei um comprimido, liguei a tv e sentei em frente a ela, trocando freneticamente de canal sem prestar atenção no que estava passando de verdade. Eu estava pensando, e mesmo assim só me vinham os bons momentos, aqueles em que a gente estava junto e que eu não precisava pensar, ele sabia o que fazia e eu sabia ou apenas gostava de acreditar que eramos feitos um para o outro.
Acabei embalando no sono com esse passado.
Acordei desnorteada com o som do estridente do despertador tocando no outro cômodo.
Taila F. Brasil

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Nostalgico Natal

Acordei tarde, mesmo assim fiquei rolando na cama para não levantar. Eu sabia o que iria acontecer quando eu levantasse e descesse as escadas, iriam me encher de tarefas, afinal é Véspera de Natal.
Estavam todos na cozinha quando eu finalmente desci, de pijamas ainda e sem nem pentear o cabelo, ao entrar na cozinha dei de cara com a empregada, não pensei que ela fosse trabalhar aqui hoje, afinal é Véspera de Natal.
Me infiltrando na cozinha, consegui chegar a geladeira, onde peguei a panqueca semi-pronta e o queijo minas, perguntei se tinha frango e fiz panqueca recheada com frango e queijo para o café da manhã. Peguei um copo com mate e fui para a sala, ao ligar a TV lembrei novamente que era Véspera de Natal, já que só tinha programação de Natal. Resolvi assistir a Disney, já que tava passando um especial de Natal da "Hora do Recreio", eu adorava esse desenho quando era mais nova, via Disney Cruj esperando o desenho começar e logo depois vinha Chiquititas. Nossa como eu estou ficando velha! Parece uma eternidade desde aquela época, onde eu só tirava 100 na escola Pinguim (agora sem trema).
Passei o resto da manhã e começo da tarde ignorando todos a minha volta, no computador - Santo Twitter e Santo Joga Craque - morrendo de calor, também. Porque aqui não pode ter neve no Natal como naqueles fimes bonitinhos.
Almocei, como eu amo farofa, é meio coisa de pobre eu sei, mas é a pura verdade. Nada melhor que uma farofa bem feita.
Mais e mais enrrolação. Ajudei minha irmã a arrumar as coisas da ginastica e depois a enfiá-las no armário, enquanto ela via "Video-Game", Será que alguém por favor avisa a Angélica que ela não tem graça nenhuma?!
Desci e fui notificada de que minha avó ia a Praça comprar mais presentes, disse que ia junto, mas como ela e minha mãe tavam vendo a novela da índia reencarnada no "Vale a Pena ver de novo" na sala e minha irmã vendo a mesma budega no quarto com o ar ligado, fui para cima e tentei dormir - obviamente não consegui com o barulho todo.
Terminou a novela eu desci e quando depois de mais enrrolação a gente ia sair. No portão a gente encontra com o meu tio rescém chegado de Brasília e a minha prima futura advogada. Voltamos para o nosso calor de casa.
O Natal já deixou de ser Natal mesmo, hoje é só mais uma desculpa para comprarmos sem dó.
E eu ainda não tenho o meu presente.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tempo para os pensamentos

Parei...
Voltei a pensar,
Mesmo com um corvo rouco assoviando o tempo todo no meu ouvido.
Fugi do que eu não queria entender, não conseguiria enfrentar.
Eu tentei não pensar até a dois dias atrás, quando tive o primeiro sonho. Meu primeiro sonho premeditório com você.
Descobrir que iria passar o dia com você, não só mentalmente, foi um tortura. Sabia que ia acontecer e sabia que não era comigo.
Na noite seguinte veio mais forte, as palavras, o pedido, as caricias, os beijos e um sentimento mais intenso, já que passara o dia com o você físico.
Hoje eu sabia o que ia acontecer, eu ia te ver, depois de ter ficado horas pensando em você, ia me segurar mais do que no dia anterior, para não te agarrar do nada como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Mas não. Nunca é assim para mim. Não para mim.
Passou a manhã e nada, nada de você físico e eu afastava o você mental, no almoço você chegou e senti a estranhesa, que não emanava só de mim, era ambígua e confusa.
Fui almoçar e não ligar pra nada no momento, fui abrindo a porta ao voltar, era tudo normal, não?
Um casal se beijando, achei que fosse um casal normal qualquer e desconhecido. Não. Era o meu casal, o meu cenário. Como se uma atriz que visse outra atuar em seu lugar após ter tanto ensaiado e ter quebrado a perna - literalmente - no dia anterior a estreia, em seu ensaio final.
Era para ser meu! Sentir a ilusão quebrar algo dentro de mim, e uma voz ainda repetia: "Eu te disse que não era para você. Nunca é. Nunca Você.".
Não podia sair do nada sem desculpas para não mais ficar ali, tinha que trabalhar lá, eles eram os invasores, mas eles não iam sair. O corpo dele também parecia mais rígido, com que de culpa, com se ele soubesse dos meus sonhos e sentisse a culpa pela traição mental. Ele nem mais me olhava, não falava de mim ou comigo. A sala tava cheia de outras testemunhas de uma traição muda e inexistente nesse mundo.
Ele frio comigo e insanamente doce com ela.
Mesmo sendo irreal, foi real para mim. Eu senti na pele dela, tudo antes de acontecer.
Um dejá vù com outra angulação. É sempre assim...
Eu na pele das outras.
Sempre elas. Nunca eu.
É sempre assim...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Primeiros capítulos


Culpa minha, deve ter sido.
Não foi a distância, a tolerância, a criança. Sim, eu era uma criança.
Não foi a falta de tesão, paixão ou coração. Eu tenho um, lá no fundo.
Podia ser que hoje funcionasse. Pode pensar-se como um brinquedo, era isso o que era... um brinquedo. E eu, que não sabia brincar, o quebrei. Não sei se foi algo permanente, não posso ter certeza, posso?

Pouco tempo, é o que parece olhando daqui. Apesar de já fazer muito tempo sem você, sem ninguém. Descobri a umas semanas que não estou tão quebrada, enferrujada, apenas... tem algo faltando. Alguma coisa que eu tinha, ou que a gente tinha, mas não existe mais, pelo menos foi o que eu senti.
Você continuou... mais uma... mais outra... e ficou, conseguiu o que queria, mas não comigo.
Não sei se o que eu sinto é inveja, de você ter seguido, direto sem nem pensar e eu ter ficado a esperar, esperar... você sabe quanto tempo? de quanto tempo foi meu "luto"? quanto tempo eu fiquei sozinha tentando entender???

Quer saber??

Três anos, Três estranhíssimos anos, com conversas momentâneas e repentinas, esporáticas, é um boa palavra para descrever, as poucas conversas que tivemos, mesmo assim não foram ao vivo e a cores, não foi de carne e osso. Não pude ver sua reação ao ler o que eu escrevia, e que você sabia que era sobre nós, não pude me aproximar e me deixar cair em tentações antigas, te roubar de volta para mim, pegar de volta e consertar aquele brinquedo que eu quebrei quando era mais nova.

Agora que não te acho, não te encontro em lugar nenhum. Só aqui você vai poder ler.
Ainda vou correr por aí, quem sabe atravessando pontes a gente não se encontre novamente.
Daqui a alguns anos podemos nos encontrar no Galeão, eu vindo das minhas férias na Europa e você indo para a sua lua de mel.

domingo, 4 de outubro de 2009

Vinho Reserva

"Tava de noite e chovendo, o que sugeria não sair sem casaco ou pelo menos o trambolhão do guarda chuva! Por que diachos eu não trouxe o meu casaco?" Era basicamente isso que estava passando pela minha cabeça e nem percebi que não estava mais sozinha debaixo de chuva esperando um ônibus, já que não tinha nem dinheiro para pegar um táxi.
"Pelo menos não vim com uma blusa branca" eu pensei tentando achar um mísero lado positivo "e também nenhum carro passou pela poça e me molhou" - "ainda" pensei não querendo acrescentar esse detalhe aos meus pensamentos já não muito felizes.
Enfim vi, e me tirei dos meus pensamentos inúteis de como fazer parar de chover e com isso agora já não adianta nada, não era o meu ônibus - eu teria visto treco gigante de longe - era um cara, de aproximadamente um metro e oitenta (já que não era tão mais alto que os meus não muito nem pouco um metro e setenta) e forte, cabelos pretos meio desgrenhados por causa da chuva (ele também não estava com um guarda chuva, mas inteligentemente usava um casaco -mais ara um suéter - com gola em "V" vermelho escuro) e tenho que admitir que ele era bonito e não parecia um daqueles caras que pegam ônibus e sim um daqueles cara que dirige um Land Rover, um Jeep ou uma daquelas pick-ups 4x4. Ele estava me olhando (com aqueles lindos olhos castanhos desenhados) e pareceu meio envergonhado quando percebeu que foi pego no ato, mas ao contrário do que qualquer pessoa normal - ou a maioria, como eu - que teria desviado o olhar, ele apenas continuou olhando para mim, aí a chuva aumentou e eu não conseguir mais ver se ele continuava me olhando (já que eu - como uma pessoa normal - desviei o olhar e fingi ver se o meu ônibus tava chegando, claro que foi meio patético, já que a rua estava praticamente deserta - quem sairia naquela chuva?). Fiquei mais ensopada e minha mente voltou a viajar.
Primeiro voltei a amaldiçoar aquela chuva toda e pensei que tantos pecados eu tinha cometido para pagar desse jeito, mas depois minha mente se soltou e o rosto daquele cara misterioso apareceu quase que nitidademente minha cabeça.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Ópera

Se eu dissesse que eu passo em frente a sua casa todo dia, desde que você me deu seu endereço?
E se eu dissesse que só entro no MSN para te esperar?
Parece loucura, eu sei... mas é só com você que eu quero falar.
Descobri onde você estuda, que amigos temos em comum, mas ainda assim...
fujo quando te vejo, com medo de você não gostar mais de mim.
Não marco nosso encontro, aquele que você ainda está esperando, com medo de você não sentir tudo o que eu, acho que, sinto por você.
Eu queria ir na sua festa, não ter vergonha de te monopolizar na frente dos seus amigos e te beijar no quarto. Mas não vou...
Me canso para dormir e não sonhar, não quero te idealizar e me perder, te perder.
Taila F. Brasil

sábado, 22 de agosto de 2009

É incrível como eu não consigo me controlar..

Meus sonhos estão me levando a loucura, ou quase isso..

Antes era fácil, pensar ou não pensar... amar ou ainda assim evitar.
Não era tão difícil de descobrir que me faria mal no futuro, mesmo levando meu corpo a um estado perto do paraízo emocional no presente.
Tirei um tempo pra mim, posso assim dizer, precisava de tempo para lidar com a ruptura. Não ia te ver mais, foi o que eu me prometi. Estava certa de que me afastando, não só fisicamente, mas também afastando o meus pensamento de tudo que pudesse me lembrar você eu poderia chegar a ser feliz e livre outra vez.
Estava tão certa que cheguei a acreditar, parei de sonhar acordada, me cansando para dormir direto sem pensar no que eu sempre pensava antes de dormir: VOCÊ.
Deu certo, quase um mês inteiro sem você aparecer em minha mente e nem percebia isso, até que no meio de uma semana durante meu sono, você apareceu novamente, num sonho completamente confuso e muito real. Você me beijava e não largava minha mão, eu tinha medo que você fosse embora e você tinha medo de me deixar.
Acordei assustada e me martirizando por ter lembrar, não ter posto terra suficiente no burraco que você tinha cavado, deixando você voltar.

(pode ser que continue... depende do que eu sonhar)
Taila F. Brasil

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Contra a felicidade alheia

Odeeeio aquelas pessoas que ficam rindo de algo secreto, para mim!
Ou que ficam fofocando sobre algo inútil e apontando, olhando para todos com um olhar de "eu sei e você não".
Aaiii.. como eu odeio isso!
Não gosto de felicidade dos outros, enquanto não posso ter a minha.
Eu gosto, sim, dele! Mas não do acessório que vem junto, ela, sua namorada.
Odeio seus beijos de elevador, ou suas simples confissões de bêbado, não aguento, não posso aguentar, porque aguentaria?
Já disse que não somos nada, mas Ele é algo com ela, Ele é algo com os amigos dele e até com os meus.
Eu odeio não se quem eu quero, ou que eu pelo menos acho que quero ser.

Nada contra a felicidade alheia, mas para tudo tem uma hora certa!
Taila Figueredo Brasil

terça-feira, 21 de julho de 2009

Azul como o céu e ...

Verde como o sorvete de pistache.

Mesmo sendo um dia frio, me deu uma vontade enorme tomar um sorvete de pistache, lá na praça. O frio me dava uma preguiça enorme de sair de baixo do cobertor e colocar uma roupa para andar até lá, fiquei encolhida por algum minutos, pensando nele.

Ele não me saia da cabeça desde o final das aulas, apesar de que durante elas eu também pensava nele, mas era diferente, agora ele não ia mais estar lá para falar que não é normal e muito estranho os meus cupcakes verdes e azuis, o que ele diria do meu sorvete de pistache... provavelmente diria que nem iria provar, mas depois de toda minha insistência ele iria tomar e com certeza gostar, foi assim com os bolinhos "esquizitos" e afinal, tem como não gostar de sorvete de pistache?

Eu levantei, finalmente, ainda pensava em sua reação quanto ao sorvete verde, coloquei uma roupa correndo, para que a vontade de sair não fosse embora com o primeiro vento que soprasse.

Ao pisar fora de casa, sentir o vento gelado beijar o meu rosto e ao andar contra o vento em direção a praça, lágrimas caiam dos meus olhos fazendo um caminho torto pelas minhas bochechas, que com o vento ficavam mas frias. Ou a lágrima foi por causa do frio ou porque sabia, mas ignorava, que talvez eu nunca fosse mais vê-lo. Talvez num show ou num bar, a culpa era minha, eu é que não quis me aproximar.

Queria que tivesse sido diferente, se eu fosse sua amiga, ia ser a mesma história, ia ser só a amiga para quem você conta de quem gosta e mesmo com coração em mil pedaços eu iria te aconselhar e te ajudar a ter aquela mulher. E eu não fui amiga, ignorava quando o via, falava só o necessário e às vezes nem um "oi!" saia de nossas bocas, mas também não fui o que eu queria, não senti o gosto de tua boca na minha, nem o teu corpo me aquecendo ou você brincando com o meu cabelo. Fui alguém, um pouco mais presente que um fantasma e quase tão ausente como um ninguém.

Cheguei na sorveteria e ao sair dos meus pensamentos pude perceber que minhas lágrimas eram muitas e descontroladas, sequei-as com a manga do meu casaco. Peguei o dinheiro no bolso e pedi meu sorvete de pistache. Ele não estava lá e não estaria, não mais. Nunca mais.


Taila F. Brasil

terça-feira, 16 de junho de 2009

Estaguinado

Ela só queria o mundo, mas de uma vez só.
"Responsabilidade e diversão, é isso que eu vou ter" foi o que ela disse,
mas alguém esqueceu de avisá-la que não é fácil, não é possível. A não ser, lógico, por seu amor platônico. Ele não estuda, vive nos bares, atua, canta e ainda passa direto tanto nos períodos do curso técnico, como no vestibular.
Começou com a diversão, parou um pouco... estudou, veio o carnaval e não preciso falar mais nada, emendou com seu aniversário que chamou de seu mês, o mês perdido, mais um mês perdido. Mas ainda sobrava mais 3.
No outro, não correu atrás, andou e ficou mal, muito mal.
Mais um...
Penúltimo mês, acho que a ficha dela ainda não tinha caído, mas já via que para ele, tudo parecia mais fácil. "Talvez ele simplesmente É e eu não SOU, mas posso ser não posso?" ela pensou.
Ela começou a correr, meio tarde.
Como se fosse nos 44 minutos do 2° tempo de um jogo de futebol, faltando duas semanas, a ficha caiu, ela tava perdida, totalmente ferrada e agora sabia que não ERA e nunca ia SER.
Claro que ainda podia ter a prorrogação, mas ela queria passar o mais rápido possível, todos a sua volta provaram ser torcedores fieis, sabe, aqueles que ficam no estádio até o último segundo, que gritam mesmo quando o jogo parece ter acabado e acreditam que ainda pode ter aquele último gol que vai mudar o rumo da partida, eles não só acreditam nisso como só conseguem ver isso.
Ela pode estar com medo, sofrendo, o com um pânico que a faz tremer até o dedão do pé e a paralisa enquanto sua cabeça viaja para algo não muito longe da química, mas ela ainda pode, ela Só quer isso.
Descubra com juntar tudo e jogue pra trás. ;D

Obs.: It's how i feel...

domingo, 17 de maio de 2009

Não me diga (Parte II)

Sei que pode parecer egoísmo meu, mas eu queria que o tempo tivesse parado para eles. Queria que nada tivesse mudado, me deixando de fora. Claro que a opção de sair foi minha, mas não queria perdê-los, não queria perder nada.
A maior prova de que tudo muda é que minha (ex) melhor amiga, que eu falava todo santo dia e ficava horas no telefone com ela falando de tudo que desse vontade, hoje nem responde os meus telefonemas. E como antes eu falava com todo mundo (sério!), hoje quando os encontro se me dizem um "oi!" é muito.
Fui desviada dos meus pensamentos quando a moça, atrás de mim na fila, me avisou que o caixa 3 estava vazio. Acho que ela estava meio que com pressa, porque assim que eu me dirigia ao caixa, que estava acenando pra mim, pude ouví-la resmungando (com certeza alguma coisa sobre mim).
Coloquei meus fones de ouvidos, ignorando o mal-humor alheio do caixa (que me culpava por não ter dinheiro trocado e ter pago a conta de 12,98 com uma nota de 50 reais e das pessoas da fila que esperavam irritadas pelo caixa em que eu estava demorar tanto) e fui para casa, fazer a única coisa que me acalma (além de dormir): Cozinhar.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Não me diga. (Parte I)

Parecia novo, e quem não quer um novo começo?
Era como promessas de começo de ano, onde você se ilude achando que realmente vai cumprir todas e sua vida vai mudar por causa disso, mas os meses vão se passando e bem... aquela lista é meio que esquecida devido a supostas correrias do dia-a-dia ou entre gavetas bagunçadas, as quais segunda a lista, você deveria arrumar.
Uma simples troca de olhares, menos de um minuto que ficou gravado na minha mente. Bem, íamos a uma festa, mas erramos o caminho. Passamos de carro por uma praça, ele tava lá com os amigos, um skatista. (Ainda bem que o carro não tinha vidro fumê, senão ele não teria me visto olhando). Nós nos olhamos, ficamos presos um ao outro, não por muito tempo, mas foi o suficiente para eu querer vê-lo de novo.

Continua...

domingo, 22 de março de 2009

ange ou démon

Já no começo, mais uma festa, só uma festa. Não... A festa. Um começo embriagado, tanto para mim quanto para ele.
Uma cerveja bebida, entornada, em poucos minutos, latas cheias, latas alheias, são convites.
Ele já não parecia mais ter noção do que acontecia a sua volta.
Se tivesse mais perto, só mais um pouco, a história já não seria a mesma.
Dancei, dancei, dancei e esqueci, quando o vi na pista com a namorada. Já sabia que não queria mais a amizade dele, eu só queria ele. Ele tocando o meu corpo, dançando comigo, me beijando, trocando marcas. Ele.
Tive decepções e decepcionei, mas talvez tenha enganado, quem sabe, até me enganado.
Depois disso, é como se só existisse a música e eu.
Dividida em dois, só querendo esquecer de tudo, um cigarro doce, dança, bebidas a minha volta, dança, um gole escondido, dança.
Acho que dancar resolve os meus problemas. Mesmo sem ele.
Taila Figueredo Brasil

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Explicando...

Qualquer fato, pessoas e lugares das histórias não tem nenhuma (REPITO, NENHUMA) ligação com a realidade. Tudo não passa de meras conhecidências! (Ou seja... IRREAL, MUNDO DA FANTASIA, COISAS DA MINHA CABEÇA!)
  • Vou ficar uma semana off (leia-se: Carnaval em Cabo Frio). Vou amanhã cedinho, encarar o maior engarrafamento na ponte xD
  • Comprei uma calça jeans nova (despreze esse comentário, é realmente falta do que dizer...)
Sim... acabei por aqui. Seja como for.
Bom, Carnaval! (Tá aí um feriado que eu não contesto!)

Entreouvidos-bocas-e-pernas (Parte II)

Hoje, não éramos 4.
Os copos , incontáveis, assim como as garrafas de cerveja.
Ainda éramos eu e você, ainda somos eu e você.
O cenário não mudou muito, a história continua praticamente a mesma.
Cervejas, copos, bocas, nada de muito interessante saído delas. Nada aconteceu. (DE NOVO)
Lembrava da última vez, a última vez que eu tinha bebido, a última vez que você tinha falado comigo.
Mas era diferente, ele não tinha namorada. E agora eu entendia o porque ele tinha.
Vesti sua camisa, tava tranquila, sempre tranquila.
Rindo como sempre, talvez um pouco mais... mas acima de tudo tranquila.
Quando fui embora, no ônibus percebi que ainda gostava dele, poderia gostar, graças ao trocador...
"Ele não vai entrar não?"
Eu: "Não"
Trocador: "Seu namorado é muito legal de ter te levado no ônibus."
Sentei e fiquei sonhando, pensando... afinal, o que será que eu tô sentindo?

Taila Figueredo Brasil

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Entreouvidos-bocas-e-pernas

Éramos 4. Refugiados num bar, fugindo da chuva. Não tinhamos nada contra ela, ela apenas acabou com nossos planos iniciais, nos tirando da praça e nos levando ao bar.

A conversa paralela, silêncios pausados, mais uma garrafa, assim que a outra se esvasiava (e rápido).
No meu copo a bebida mal parava, acho que sou assim, não saboreio, degusto... só bebo.

Tava meio nervosa, não sabia o que falar, então não falava... assim era mais simples, só ouvir.

4 garrafas, 4 copos. Não 2 casais, ia ser muito mais simples. Apenas desejo de 1 pessoa.
Chuva vai e volta, assim como a minha coragem de me declarar, de me decidir.

Acaba ficando tarde, telefonemas preocupados e debaixo de chuva uma alegria contida, não tão contida assim, saltitante.

Eles gostam do perigo, mesmo com súplicas para que não se arrisquem.
Os 4 esperam um carro, o shopping já tá fechado e a chuva cai sobre a marquise. O carro chega e as mentiras já miraboladas são contadas, sobre como o show foi bom apesar da chuva e como foi tudo perfeito.
Nós 2 vamos embora.
Eles 2 ficam para trás, pensando na próxima aventura, a volta para casa no começo da madrugada.

Taila F. Brasil