quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Nostalgico Natal

Acordei tarde, mesmo assim fiquei rolando na cama para não levantar. Eu sabia o que iria acontecer quando eu levantasse e descesse as escadas, iriam me encher de tarefas, afinal é Véspera de Natal.
Estavam todos na cozinha quando eu finalmente desci, de pijamas ainda e sem nem pentear o cabelo, ao entrar na cozinha dei de cara com a empregada, não pensei que ela fosse trabalhar aqui hoje, afinal é Véspera de Natal.
Me infiltrando na cozinha, consegui chegar a geladeira, onde peguei a panqueca semi-pronta e o queijo minas, perguntei se tinha frango e fiz panqueca recheada com frango e queijo para o café da manhã. Peguei um copo com mate e fui para a sala, ao ligar a TV lembrei novamente que era Véspera de Natal, já que só tinha programação de Natal. Resolvi assistir a Disney, já que tava passando um especial de Natal da "Hora do Recreio", eu adorava esse desenho quando era mais nova, via Disney Cruj esperando o desenho começar e logo depois vinha Chiquititas. Nossa como eu estou ficando velha! Parece uma eternidade desde aquela época, onde eu só tirava 100 na escola Pinguim (agora sem trema).
Passei o resto da manhã e começo da tarde ignorando todos a minha volta, no computador - Santo Twitter e Santo Joga Craque - morrendo de calor, também. Porque aqui não pode ter neve no Natal como naqueles fimes bonitinhos.
Almocei, como eu amo farofa, é meio coisa de pobre eu sei, mas é a pura verdade. Nada melhor que uma farofa bem feita.
Mais e mais enrrolação. Ajudei minha irmã a arrumar as coisas da ginastica e depois a enfiá-las no armário, enquanto ela via "Video-Game", Será que alguém por favor avisa a Angélica que ela não tem graça nenhuma?!
Desci e fui notificada de que minha avó ia a Praça comprar mais presentes, disse que ia junto, mas como ela e minha mãe tavam vendo a novela da índia reencarnada no "Vale a Pena ver de novo" na sala e minha irmã vendo a mesma budega no quarto com o ar ligado, fui para cima e tentei dormir - obviamente não consegui com o barulho todo.
Terminou a novela eu desci e quando depois de mais enrrolação a gente ia sair. No portão a gente encontra com o meu tio rescém chegado de Brasília e a minha prima futura advogada. Voltamos para o nosso calor de casa.
O Natal já deixou de ser Natal mesmo, hoje é só mais uma desculpa para comprarmos sem dó.
E eu ainda não tenho o meu presente.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

"Era para você estar aqui"

Ter ouvido isso da boca de alguém que eu pensava que nem se importava mais comigo foi difícil. Não chorei em nenhum momento da cerimônia (eu e O POVO concordamos em não chorar na colação - o grande momento de choro em conjunto e falsidade), mas tevê partes em que eu bem quis. Não de alegria por meus coleguinhas de infância estarem se formando, mas porque realmente, era para eu estar lá.
Lógico que foi ótimo voltar, às vezes acho que foi errado eu ter saído e quem sabe - se eu estudasse muito - eu poderia ganhar a cobiçada pena de ouro. Tá tô começando a viajar, afinal fui uma das poucas que sempre passou direto - lá - apesar de ter apenas notas medianas ou apensas boas. Mas eu também seria Bacharel em Ciências e Letras - seja lá o que isso signifique hoje em dia - e teria passado 7 anos da minha vida num mesmo lugar, com as mesmas pessoas.
A parte da falsidade - que não existe só nessa formatura - deve-se ao fato de todos falarem com todos, mesmo se nesses 7 anos nunca terem trocado um simples oi, além de discurssos que falam da união e da amizade, eu com os meus 4 anos e meio de colégio pude perceber os momentos de tensão. Ainda mais quando chamaram a Karen para seu discursso de oradora, não entendi ainda a história completa, mas esse ano ela ganharia o prêmio de mais odiada e sem amigos, e só de zoação votaram nela para ser oradora. Ela fez um discursso até que bonito - esteticamente, com citações de Fernando Pessoa e sobre a amizade e o tempo que passaram juntos - só que ano passado eu acreditaria em tudo que ela falou, mas esse ano foi vazio, além do silêncio que se formou em quanto eu falava, com apenas aplausos da platéia que desconhecia o fato.
Se eu fosse ela, eu tentaria fugir da estética de "SOMOS TODOS UMA FAMÍLIA FELIZ" e tiraria meu óculos cor-de-rosa para dizer algumas verdades.
Afinal, existem grupinhos e nem todos se falam, muita gente ali pode não fazer falta quando você parar de ver diariamente, mas que no futuro quem sabe essas pessoas que você não conseguia conviver vão ser as que vão se tornar sua próxima família. Eu sempre fico no meio dessas coisas de grupinhos e tenho que escutar todos os lados, e posso dizer que não tem fundamento essa coisa de um ser contra o outro, talvez motivos bobos. Se todos passassem a me odiar e mesmo assim me colocasse com oradora no dia da formatura, eu não daria a eles palavras bonitas... Eu daria a verdade que eles tanto querem ignorar nesse dia.

Falsidades, Grupinhos ou essa tal "Família Feliz", eu sinto falta do que eu vivi e das coisas que eu não presenciei lá no Pedro II.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Revelações

Boquete -------- Bodoque


Cerveja -------- Bar

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Lude

Ele sempre a ilude. Ela gosta de ser iludida.

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Nop

Um simples não poderia mudar a minha vida...
É, mas eu não consigo falar D:

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Tempo para os pensamentos

Parei...
Voltei a pensar,
Mesmo com um corvo rouco assoviando o tempo todo no meu ouvido.
Fugi do que eu não queria entender, não conseguiria enfrentar.
Eu tentei não pensar até a dois dias atrás, quando tive o primeiro sonho. Meu primeiro sonho premeditório com você.
Descobrir que iria passar o dia com você, não só mentalmente, foi um tortura. Sabia que ia acontecer e sabia que não era comigo.
Na noite seguinte veio mais forte, as palavras, o pedido, as caricias, os beijos e um sentimento mais intenso, já que passara o dia com o você físico.
Hoje eu sabia o que ia acontecer, eu ia te ver, depois de ter ficado horas pensando em você, ia me segurar mais do que no dia anterior, para não te agarrar do nada como se fosse a coisa mais normal do mundo.
Mas não. Nunca é assim para mim. Não para mim.
Passou a manhã e nada, nada de você físico e eu afastava o você mental, no almoço você chegou e senti a estranhesa, que não emanava só de mim, era ambígua e confusa.
Fui almoçar e não ligar pra nada no momento, fui abrindo a porta ao voltar, era tudo normal, não?
Um casal se beijando, achei que fosse um casal normal qualquer e desconhecido. Não. Era o meu casal, o meu cenário. Como se uma atriz que visse outra atuar em seu lugar após ter tanto ensaiado e ter quebrado a perna - literalmente - no dia anterior a estreia, em seu ensaio final.
Era para ser meu! Sentir a ilusão quebrar algo dentro de mim, e uma voz ainda repetia: "Eu te disse que não era para você. Nunca é. Nunca Você.".
Não podia sair do nada sem desculpas para não mais ficar ali, tinha que trabalhar lá, eles eram os invasores, mas eles não iam sair. O corpo dele também parecia mais rígido, com que de culpa, com se ele soubesse dos meus sonhos e sentisse a culpa pela traição mental. Ele nem mais me olhava, não falava de mim ou comigo. A sala tava cheia de outras testemunhas de uma traição muda e inexistente nesse mundo.
Ele frio comigo e insanamente doce com ela.
Mesmo sendo irreal, foi real para mim. Eu senti na pele dela, tudo antes de acontecer.
Um dejá vù com outra angulação. É sempre assim...
Eu na pele das outras.
Sempre elas. Nunca eu.
É sempre assim...