domingo, 17 de maio de 2009

Não me diga (Parte II)

Sei que pode parecer egoísmo meu, mas eu queria que o tempo tivesse parado para eles. Queria que nada tivesse mudado, me deixando de fora. Claro que a opção de sair foi minha, mas não queria perdê-los, não queria perder nada.
A maior prova de que tudo muda é que minha (ex) melhor amiga, que eu falava todo santo dia e ficava horas no telefone com ela falando de tudo que desse vontade, hoje nem responde os meus telefonemas. E como antes eu falava com todo mundo (sério!), hoje quando os encontro se me dizem um "oi!" é muito.
Fui desviada dos meus pensamentos quando a moça, atrás de mim na fila, me avisou que o caixa 3 estava vazio. Acho que ela estava meio que com pressa, porque assim que eu me dirigia ao caixa, que estava acenando pra mim, pude ouví-la resmungando (com certeza alguma coisa sobre mim).
Coloquei meus fones de ouvidos, ignorando o mal-humor alheio do caixa (que me culpava por não ter dinheiro trocado e ter pago a conta de 12,98 com uma nota de 50 reais e das pessoas da fila que esperavam irritadas pelo caixa em que eu estava demorar tanto) e fui para casa, fazer a única coisa que me acalma (além de dormir): Cozinhar.

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