terça-feira, 28 de junho de 2011

Fim

Eu estava tentando não pensar no inevitável.
Mas acho que é por isso que eu sempre volto a pensar nisso.
Minha vida é datada de começos e finais, assim chamados pelas pessoas normais de fases.
Primeiro veio a pré-escola / começo do ensino fundamental, eu me lembro que fazer birra sempre que minha mãe mencionava um concurso ou sorteio para o Cap da UERJ entre outros. Com a minha sorte e o azar da minha mãe me mantive na mesma escola por um longo período de 8 anos, deve ter sido a minha maior fase, a infância.
Decidi que era hora de mudar, e ainda meio na dúvida, fui para um colégio preparatório e fiz cursinho. Fase pré-pré-adolescente (isso, duas vezes pré!), só durou um ano.
Passei para o CPII, onde conheci um pouco do que é um colégio de verdade, minha primeira federal (de muitas outras que estavam por vir), lá vivi minha fase de pré-adolescente até o começo da adolescência por sim própria. Lá aprendi a começar a viver, a ser mais independente, descobri amigos de verdade e outros que eu ainda não decidi. Foram 4 anos e meio.
Nesse meio tempo também tiveram os milhares de esportes todos não passavam muito de um ano de duração, a não ser a natação e o vôlei (meu amor eterno).
Quase não me mudei de casa (só quando era muito pequena, então, acho que aqui sempre foi o meu lar) e também não mudei muito de colégio, como eu disse.
Na minha adolescência (ô fase difícil.. mas acho que a pré-adolescência foi a mais terrível) passei no CEFET (meio ano) e CEFETQuímica (4 anos), mas duas federais, viu? Lá continuei a aprender o que começou no CPII. A Liberdade era maior e a confiança mais difícil de se conquistar.
Agora estou indo para um final. Não falei das minhas transições, mas eu sempre tento apagar tudo o que posso, para ter um novo começo anônimo, bem isso nunca funcionou muito bem.
Na faculdade (seja qualquer uma das federais que eu escolha) eu vou estar rodeada de pessoas conhecidas, não dá pra voltar ao anonimato, mas também já não sei o que fazer.
Sempre ponho pontos finais, nas minhas histórias, apesar de não dar um final a elas. Não sei continuar uma história, mesmo se ela for de interesse. Eu tô morrendo de medo desse fim.
Porque se não der certo, como eu vou poder continuar sabendo que tem alguém que pode não gostar mais de mim ao meu lado? Eu não gosto de pensar no fim, porque eu posso não aproveitar o suficiente antes que ele chegue. Por mais que eu queira um até que a morte nos separe (esse é o meu para sempre),
Mas eu não posso pensar no futuro sem um fim.

Um comentário:

Vivi Ichihara disse...

O segredo de aproveitar o que quer que seja antes que o fim chegue é exatamente não pensar no fim.
Porque se você ficar pensando que uma hora o fim vai chegar, ele chega enquanto você estava pensando e se esquecendo de aproveitar.