domingo, 21 de novembro de 2010

Don't let me go

Fim de tarde. Se não fosse pelas milhões de tarefas a terminar para o dia seguinte, ela estaria num canto chorando. Ela, teoricamente, não era sozinha, mas dias pra cá ela estava sozinha. Acho que possa ser o tempo. Com as ondas de calor e do nada a chuva que mesmo assim não faz cair nem sequer um grau no termometro.
Ela suou esperando por ele de tarde, sentiu aquela gota de suor escorrer por suas costas bem devagar, como se não tivesse tempo pois sabia para onde estava indo, diferente dela. Ela não sabia mais, antes tinha medo de cair por não saber bem o que eram e agora ela tinha medo de não ter aonde chegar. Ela sabia que finais felizes não existiam e que o para sempre sempre acaba.Não gostou nunca da palavra futuro, porque ele simplismente não é real. Mas mesuermo assim sonhava. Podia estar reclamando de barriga cheia, como dia sua avó, afinal ela não estava sempre sozinha.
Antes de dormir, ela sussurrou pra chuva: "eu só queria que ele estivesse aqui."

Nenhum comentário: