Eu tava indo a mais um dos meus encontros depois da aula com as milhares de contas e reações químicas, ao passar pelo corredor aberto da faculdade que levava até a biblioteca, onde eu ia estudar diariamente, vi uma cena que me fez paralisar.
Parecia um dejá vù, só que dessa vez não era comigo, eu era uma mera espectadora. Ele estava com uma garota loira, que aparentemente fazia medicina ou algo do tipo (já que estava toda vestida de branco), exatamente como nós ficamos naquele dia, imóveis contra a parede, como se fôssemos uma pessoa só.
Senti meu rosto queimar ao lembrar de nós como nós, já que aparentemente não éramos mais isso, eu e ele. A minha visão ficou um pouco embassada, corri e entrei em outro corredor, que ia até o banheiro e aos fundos da biblioteca. Não sei se ele me viu, mas acho que ficou mais difícil de esquecê-lo.
Taila F. Brasil
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